quarta-feira, 5 de setembro de 2012

CLIMA


Clima

Ciclo Hidrológico – Fases
A Precipitação meteórica consiste na condensação de gotículas a partir do vapor d`água na atmosfera originando a chuva, neve ou Granizo (transformação do vapor d'água em cristais de gelo que ganham peso e caem).
A Evaporação é a transformação da água em estado líquido para o gasoso. Parte da precipitação retorna para atmosfera por evaporação.
A Interceptação é a parcela da precipitação que pode ser retida sobre as folhas da cobertura vegetal sofrendo, posteriormente, evaporação. A interceptação diminui o impacto da chuva sobre o solo, reduzindo sua ação erosiva.
A Infiltração refere-se ao preenchimento dos espaços vazios do solo abastecendo, posteriormente, o aquífero. A velocidade da infiltração depende da porosidade e da permeabilidade do solo.
         Porosidade – quantidade de espaços vazios no solo.
         Permeabilidade – Ligação entre os poros.
Obs: Solos mais arenosos são mais porosos e permeáveis do que solos argilosos.
A Cobertura vegetal auxilia na infiltração, tendo em vista, que o favorecimento das raízes que abrem caminho para água descer no subsolo.
A Topografia / Relevo tende a facilitar ou dificultar a infiltração, já que declives acentuados favorecem o escoamento superficial direto e superfícies planas a suavemente onduladas aumentam a possibilidade de infiltração.
A Ocupação do solo, em áreas urbanas, impede a infiltração devido à pavimentação, causando efeitos catastróficos, devido ao aumento do escoamento superficial e redução no recarregamento do aqüífero. Por outro lado, nas áreas rurais, a infiltração sofre redução pelo desmatamento e pela compactação dos solos (causada pelas máquinas agrícolas e pelo pisoteamento dos animais).
O Escoamento superficial ocorre quando a capacidade de absorção de águas pela superfície é superada. A água sempre converge para regiões mais baixas do relevo.
O processo de Transpiração ocorre quando a água subsuperficial captada pela atividade biológica de organismos (cobertura vegetal) é, posteriormente, liberada por meio da respiração.
         Obs: A evaporação direta é causada pela radiação solar e vento, enquanto a transpiração, depende da vegetação. A soma destes processos é denominada EVAPOTRANSPIRAÇÃO.
A evapotranspiração, em áreas florestadas de clima quente e úmido, pode devolver à atmosfera até 70% da água precipitada.
A Sublimação consiste na passagem do estado sólido para o gasoso. Ocorre em ambientes glaciais pela ação do vento.

Intemperismo

Processo de desagregação e decomposição das rochas que resulta nas modificações das propriedades e características mineralógicas das rochas. Os mecanismos de atuação do intemperismo podem ser físicos (ausência de água) e químicos (presença marcante da água), mas quando há ação de organismos vivos denomina-se biológico.
Obs: O clima é o fator que, isoladamente mais influencia no intemperismo determinando o tipo e a velocidade da ação intempérica e a Precipitação e Temperatura são os mais importantes parâmetros climáticos e agem no sentido de acelerar ou retardar as reações do intemperismo.

Intemperismo físico

         As variações de temperatura ao longo do tempo causam expansão e contração térmica dos materiais rochosos levando à fragmentação dos minerais, desta forma, os minerais com diferentes coeficientes de dilatação térmica comportam-se de forma diferenciada às variações de temperatura. Outro exemplo, refere-se ao congelamento da água pela ação do tempo exercendo pressão na rocha aumentando sua fratura. A pressão dos ventos desgastando as rochas também causa o Intemperismo físico – erosão eólica.

Intemperismo químico

         O principal agente do intemperismo químico é a água da chuva que infiltra e percola nas rochas. O intemperismo químico é muito mais efetivo em regiões úmidas, de alteração climática intensa (Floresta Amazônica) e em áreas onde a pressão dos ventos são constantes há o favorecimento do Intemperismo Físico.
Obs: A quebra da rocha causada pela pressão do crescimento das raízes pode estar associada a um intemperismo físico-químico-biológico.

Tempo e Clima

Tempo é o estado momentâneo (eventos específicos) da atmosfera em um determinado lugar, com a combinação de alguns elementos climáticos como: temperatura, pressão e umidade. Já o Clima: é o comportamento do tempo em um determinado lugar, durante um período suficientemente longo (30 anos). Portanto, o clima faz referência às características da atmosfera, inseridas de observações contínuas considerando as médias, as variabilidades, as condições extremas e as probabilidades de ocorrência das condições do tempo.

Atributos ou elementos climáticos

A Temperatura é a intensidade de calor existente na atmosfera, o sol não aquece o ar diretamente, ele precisa atingir qualquer partícula em suspensão (poeira ou vapor d`água), desta forma, os raios solares atravessam a atmosfera sem aquecê-la atingindo as terras e as águas superficiais. Depois de aquecidas irradiam calor para a atmosfera.
A Pressão atmosférica é a medida da força exercida pelo peso do ar contra uma certa área. Relações:
         ↑Temperatura ↓ Pressão: quanto maior a temperatura mais agitadas ficam e se distanciam uma das outras e o resultado é menos moléculas por m2.
        ↓Temperatura ↑ Pressão: menor temperatura maior número de moléculas por m2.

A Umidade é a quantidade de vapor d`água presente na atmosfera em um determinado momento. Ela é o resultado do processo de evapotranspiração. A umidade relativa é uma relação da quantidade de vapor na atmosfera e a quantidade de vapor que a atmosfera comporta.
         Ex: Em uma dada área existe 50 gm3 de umidade. Para atingir o ponto de saturação, necessita-se de 100 gm3. Qual é a umidade relativa? R: 50%
         Obs: Quando o ponto de saturação é atingido ocorre a chuva que nos trópicos podem ser: Frontais, Relevo/Orográficas ou convecção/verão.

Fatores Climáticos Estáticos

A Latitude é a distância medida em graus de qualquer ponto da superfície terrestre até a Linha do Equador. A variação latitudinal é o principal fator de diferenciação das zonas climáticas (Polar, Temperada, Tropical);
↑ Latitude↓Temperatura

O Relevo influencia na temperatura e umidade ao facilitar ou dificultar a circulação das massas de ar. No Brasil, as serras do Centro-Sul formam um “corredor” facilitando a entrada da MPA e dificultando a MTA.
A Altitude é a distância medida em metros de um ponto qualquer da superfície terrestre até o nível do mar
↑Altitude ↓ Temperatura
No alto de uma montanha a temperatura é menor do que a verificada no nível do mar no mesmo instante e na mesma latitude. Quanto maior a altitude, mais rarefeito se torna o ar, pois há menor concentração de gases e umidade diminuindo a retenção de calor. Nas maiores altitudes a área de superfície que recebe e irradia calor é menor (albedo). O albedo vai depender da cor da superfície terrestre
Ex: a neve reflete cerca de 90% e as florestas cerca de 15% do calor.

A Continentalidade e Maritimidade atuam de forma distinta na amplitude térmica. As massas de água exercem forte influência sobre a umidade relativa do ar e sobre a temperatura. As áreas que sofrem de continentalidade variam mais a temperatura. Ex: BSB e as áreas que sofrem da maritimidade variam menos a temperatura. Ex: RJ. Isso ocorre porque o calor específico da água é maior do que o da terra e o resultado é que a amplitude térmica do litoral é menor do que no interior do continente.

Fatores Climáticos Dinâmicos

As Massas de Ar formam-se quando o ar permanece sobre uma superfície homogênea (oceano, calotas, floresta etc) e se deslocam por diferença de pressão levando suas características originais. A medida que se deslocam vão se descaracterizando. As massas que atuam no território brasileiro são:
MEA – Massa Equatorial Atlântica (Quente e úmida)
MEC – Massa Equatorial Continental (Quente e úmida)
MTA – Massa Tropical Atlântica (Quente e úmida)
MPA – Massa Polar Atlântica (Fria e úmida)
MTC – Massa Tropical Continental (Quente e seca)

As Correntes Marítimas são extensas porções de água que se deslocam pelo oceano movimentadas pela ação dos ventos e rotação da Terra. Possuem características quanto à salinidade, temperatura e pressão e devido à transferência de calor e umidade, alteram a temperatura atmosférica.

A Vegetação também influencia na troca de calor e umidade com a atmosfera, assim, diferentes tipos de cobertura vegetal apresentam grande variação de densidade/volume influenciando na absorção e irradiação (albedo) do calor e umidade do ar. A grande quantidade de árvores latifoliada impede a incidência dos raios solares diretamente no solo diminuindo a absorção do calor aumentando a umidade pela evapotranspiração.

Tipos de chuva

Chuva frontal: Zona de contato entre duas massas de ar de temperaturas diferentes ocorrendo a condensação do vapor e a precipitação. A área de abrangência e o volume de água precipitada dependem da energia das massas.

Chuva de relevo / Orográfica: barreiras de relevo levam as massas de ar a atingir grandes altitudes o que causa queda de temperatura e condensação de vapor. Chuvas localizadas e muito comum nas regiões Sudeste e Nordeste.

Chuvas de convecção ou de verão: o ar quente, menos denso, sobe levando umidade. Ao atingir grandes altitudes a temperatura diminui e o vapor condensa em gotículas e permanece em suspensão. O ar desce seco e frio iniciando o ciclo novamente. Ao fim da tarde, ocorrem as chuvas que são rápidas e localizadas.

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