Clima
Ciclo Hidrológico –
Fases
A
Precipitação meteórica consiste na condensação de gotículas a partir do
vapor d`água na atmosfera originando a chuva, neve ou Granizo (transformação do
vapor d'água em cristais de gelo que ganham peso e caem).
A
Evaporação é a transformação da água em estado líquido para o gasoso.
Parte da precipitação retorna para atmosfera por evaporação.
A
Interceptação é a parcela da precipitação que pode ser retida sobre as
folhas da cobertura vegetal sofrendo, posteriormente, evaporação. A
interceptação diminui o impacto da chuva sobre o solo, reduzindo sua ação
erosiva.
A
Infiltração refere-se ao preenchimento dos espaços vazios do solo
abastecendo, posteriormente, o aquífero. A velocidade da infiltração depende da
porosidade e da permeabilidade do solo.
Porosidade – quantidade de espaços
vazios no solo.
Permeabilidade – Ligação entre os
poros.
Obs:
Solos mais arenosos são mais porosos e permeáveis do que solos argilosos.
A
Cobertura vegetal auxilia na infiltração, tendo em vista, que o favorecimento
das raízes que abrem caminho para água descer no subsolo.
A
Topografia / Relevo tende a facilitar ou dificultar a infiltração, já
que declives acentuados favorecem o escoamento superficial direto e superfícies
planas a suavemente onduladas aumentam a possibilidade de infiltração.
A
Ocupação do solo, em áreas urbanas, impede a infiltração devido à
pavimentação, causando efeitos catastróficos, devido ao aumento do escoamento
superficial e redução no recarregamento do aqüífero. Por outro lado, nas áreas
rurais, a infiltração sofre redução pelo desmatamento e pela compactação dos
solos (causada pelas máquinas agrícolas e pelo pisoteamento dos animais).
O
Escoamento superficial ocorre quando a capacidade de absorção de águas
pela superfície é superada. A água sempre converge para regiões mais baixas do
relevo.
O
processo de Transpiração ocorre quando a água subsuperficial captada
pela atividade biológica de organismos (cobertura vegetal) é, posteriormente,
liberada por meio da respiração.
Obs: A evaporação direta é causada pela
radiação solar e vento, enquanto a transpiração, depende da vegetação. A soma
destes processos é denominada EVAPOTRANSPIRAÇÃO.
A
evapotranspiração, em áreas florestadas de clima quente e úmido, pode devolver
à atmosfera até 70% da água precipitada.
A
Sublimação consiste na passagem do estado sólido para o gasoso. Ocorre
em ambientes glaciais pela ação do vento.
Intemperismo
Processo
de desagregação e decomposição das rochas que resulta nas modificações das
propriedades e características mineralógicas das rochas. Os mecanismos de
atuação do intemperismo podem ser físicos (ausência de água) e químicos
(presença marcante da água), mas quando há ação de organismos vivos denomina-se
biológico.
Obs:
O clima é o fator que, isoladamente mais influencia no intemperismo
determinando o tipo e a velocidade da ação intempérica e a Precipitação e
Temperatura são os mais importantes parâmetros climáticos e agem no sentido de
acelerar ou retardar as reações do intemperismo.
Intemperismo
físico
As variações de temperatura ao longo do
tempo causam expansão e contração térmica dos materiais rochosos levando à
fragmentação dos minerais, desta forma, os minerais com diferentes coeficientes
de dilatação térmica comportam-se de forma diferenciada às variações de temperatura.
Outro exemplo, refere-se ao congelamento da água pela ação do tempo exercendo
pressão na rocha aumentando sua fratura. A pressão dos ventos desgastando as
rochas também causa o Intemperismo físico – erosão eólica.
Intemperismo
químico
O principal agente do intemperismo
químico é a água da chuva que infiltra e percola nas rochas. O intemperismo químico
é muito mais efetivo em regiões úmidas, de alteração climática intensa (Floresta
Amazônica) e em áreas onde a pressão dos ventos são constantes há o
favorecimento do Intemperismo Físico.
Obs:
A quebra da rocha causada pela pressão do crescimento das raízes pode estar
associada a um intemperismo físico-químico-biológico.
Tempo e Clima
Tempo é o estado momentâneo (eventos
específicos) da atmosfera em um determinado lugar, com a combinação de alguns
elementos climáticos como: temperatura, pressão e umidade. Já o Clima: é
o comportamento do tempo em um determinado lugar, durante um período
suficientemente longo (30 anos). Portanto, o clima faz referência às
características da atmosfera, inseridas de observações contínuas considerando
as médias, as variabilidades, as condições extremas e as probabilidades de
ocorrência das condições do tempo.
Atributos ou
elementos climáticos
A
Temperatura é a intensidade de calor existente na atmosfera, o sol não
aquece o ar diretamente, ele precisa atingir qualquer partícula em suspensão
(poeira ou vapor d`água), desta forma, os raios solares atravessam a atmosfera
sem aquecê-la atingindo as terras e as águas superficiais. Depois de aquecidas
irradiam calor para a atmosfera.
A
Pressão atmosférica é a medida da força exercida pelo peso do ar contra
uma certa área. Relações:
↑Temperatura ↓ Pressão: quanto maior a
temperatura mais agitadas ficam e se distanciam uma das outras e o resultado é
menos moléculas por m2.
↓Temperatura ↑ Pressão: menor
temperatura maior número de moléculas por m2.
A
Umidade é a quantidade de vapor d`água presente na atmosfera em um
determinado momento. Ela é o resultado do processo de evapotranspiração. A
umidade relativa é uma relação da quantidade de vapor na atmosfera e a
quantidade de vapor que a atmosfera comporta.
Ex: Em uma dada área existe 50 gm3
de umidade. Para atingir o ponto de saturação, necessita-se de 100 gm3.
Qual é a umidade relativa? R: 50%
Obs: Quando o ponto de saturação é
atingido ocorre a chuva que nos trópicos podem ser: Frontais,
Relevo/Orográficas ou convecção/verão.
Fatores Climáticos
Estáticos
A
Latitude é a distância medida em graus de qualquer ponto da superfície
terrestre até a Linha do Equador. A variação latitudinal é o principal fator de
diferenciação das zonas climáticas (Polar, Temperada, Tropical);
↑
Latitude↓Temperatura
O
Relevo influencia na temperatura e umidade ao facilitar ou dificultar a
circulação das massas de ar. No Brasil, as serras do Centro-Sul formam um “corredor”
facilitando a entrada da MPA e dificultando a MTA.
A
Altitude é a distância medida em metros de um ponto qualquer da
superfície terrestre até o nível do mar
↑Altitude
↓ Temperatura
No
alto de uma montanha a temperatura é menor do que a verificada no nível do mar
no mesmo instante e na mesma latitude. Quanto maior a altitude, mais rarefeito
se torna o ar, pois há menor concentração de gases e umidade diminuindo a
retenção de calor. Nas maiores altitudes a área de superfície que recebe e
irradia calor é menor (albedo). O albedo vai depender da cor da superfície
terrestre
Ex:
a neve reflete cerca de 90% e as florestas cerca de 15% do calor.
A
Continentalidade e Maritimidade atuam de forma distinta na amplitude
térmica. As massas de água exercem forte influência sobre a umidade relativa do
ar e sobre a temperatura. As áreas que sofrem de continentalidade variam mais a
temperatura. Ex: BSB e as áreas que sofrem da maritimidade variam menos a
temperatura. Ex: RJ. Isso ocorre porque o calor específico da água é maior do
que o da terra e o resultado é que a amplitude térmica do litoral é menor do
que no interior do continente.
Fatores Climáticos Dinâmicos
As
Massas de Ar formam-se quando o ar permanece sobre uma superfície
homogênea (oceano, calotas, floresta etc) e se deslocam por diferença de
pressão levando suas características originais. A medida que se deslocam vão se
descaracterizando. As massas que atuam no território brasileiro são:
MEA
– Massa Equatorial Atlântica (Quente e úmida)
MEC
– Massa Equatorial Continental (Quente e úmida)
MTA
– Massa Tropical Atlântica (Quente e úmida)
MPA
– Massa Polar Atlântica (Fria e úmida)
MTC
– Massa Tropical Continental (Quente e seca)
As
Correntes Marítimas são extensas porções de água que se deslocam pelo
oceano movimentadas pela ação dos ventos e rotação da Terra. Possuem
características quanto à salinidade, temperatura e pressão e devido à
transferência de calor e umidade, alteram a temperatura atmosférica.
A
Vegetação também influencia na troca de calor e umidade com a atmosfera,
assim, diferentes tipos de cobertura vegetal apresentam grande variação de
densidade/volume influenciando na absorção e irradiação (albedo) do calor e
umidade do ar. A grande quantidade de árvores latifoliada impede a incidência
dos raios solares diretamente no solo diminuindo a absorção do calor aumentando
a umidade pela evapotranspiração.
Tipos de chuva
Chuva
frontal: Zona de
contato entre duas massas de ar de temperaturas diferentes ocorrendo a
condensação do vapor e a precipitação. A área de abrangência e o volume de água
precipitada dependem da energia das massas.
Chuva de relevo / Orográfica:
barreiras de relevo levam as massas de ar a atingir grandes altitudes o que
causa queda de temperatura e condensação de vapor. Chuvas localizadas e muito
comum nas regiões Sudeste e Nordeste.
Chuvas
de convecção ou de verão:
o ar quente, menos denso, sobe levando umidade. Ao atingir grandes altitudes a
temperatura diminui e o vapor condensa em gotículas e permanece em suspensão. O
ar desce seco e frio iniciando o ciclo novamente. Ao fim da tarde, ocorrem as
chuvas que são rápidas e localizadas.
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