Até bem pouco tempo atrás não era imaginada a realização de uma Copa do Mundo no continente africano e a FIFA escolheu a África do Sul para encarar esse desafio. A poucos dias do início da competição, a perspectiva é a melhor possível. Porém, apesar da euforia dos sul-africanos com o torneio, estão ocorrendo muitos questionamentos, principalmente sobre a preparação do evento.
Vamos relembrar alguns fatos: no final do ano passado, operários da construção do estádio Soccer City, em Johanesburgo promoveram uma greve que durou alguns dias. O governo local negociou com os grevistas e a construção do estádio continuou. Isso sem contar o famoso episódio da escolha da Colômbia como sede da Copa em 1986. O governo colombiano, em função da grave crise econômica que estava abalando o país, desistiu da realização do evento. A Copa de 1986 foi disputada no México, que um ano antes havia sofrido um forte terremoto.
Será que vai valer a pena todo esse investimento? Será que, depois do evento a economia da África do Sul vai melhorar e continuar no ritmo acelerado da Copa? A Copa tem seu lado positivo, como o grande aumento de empregos (a maioria de forma temporária), o turismo (que já é forte na região e que tende a melhorar ainda mais) etc.
E o povo sul-africano? Será que num ambiente de alta pobreza o torneio é importante na vida dos habitantes que na maioria das vezes busca a sobrevivência? O governo aposta todas as suas fichas nesse grandioso evento, buscando promover a região, além da manipulação política e o principal: mostrar para o mundo que a África do Sul não é mais aquele país abatido e triste, da época do apartheid.
Texto elaborado por Cássio Eduardo estudante do 1º ano Colégio Fortium
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